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ENSINOS DURADOUROS[1]


Pv. 22. 6
Um garoto andava entre os transeuntes. Não devia ter mais que 12 anos de idade. Chamou-me a atenção o fato de que ele estava sujo, descalço e fumava tranquilamente. Percebi que aparentemente ninguém dava importância para esse fato. É corriqueiro, até faz parte do cenário urbano das grandes metrópoles ou ainda das grandes cidades.
Essa cena aconteceu recentemente. Foi aí que me lembrei de quando também tinha essa idade. Leu trabalhava como entregador de jornal de terça a domingo (no Maximo duas horas por dia), mas já trabalhava. E ao s domingos, assim que entregava o ultimo jornal, corria para a igreja, para não perder a Escola Dominical. Lembro das aulas da D. Regina, nossa professora, as histórias que me faziam “viajar” para os tempos bíblicos; sua simplicidade trazia esses tempos para a nossa realidade e seus ensinos marcaram minha caminhada de fé, com certeza. O garoto que passou por mim provavelmente não sabia o que é uma Escola Dominical, talvez nunca tenha a oportunidade de freqüentar uma.
No final do século XVIII, na Inglaterra, algumas pessoas já tiveram a preocupação com as crianças que trabalhavam nas fabricas, de segunda a sábado, durante horas muito longas, e que ficavam desocupadas aos domingos, quase abandonadas, passando o tempo brincando, brigando e aprendendo toda a espécie de vícios.
João Wesley iniciou estudos bíblicos dominicais em Savannah, Geórigia, em 1737. Hannah Ball Moore, uma senhora metodista começou estudos bíblicos em sua própria casa e, a partir de 1769, nas dependências da Igreja High Wycombe (Anglicana). Mais tarde, um jornalista chamado Robert Raikes, tendo um profundo amor pelas crianças, resolveu estabelecer uma escola gratuita para esses meninos de rua.
Assim a escola dominical nasceu como um instituto bíblico infantil, operando de forma independente das igrejas, alfabetizando e ensinando Bíblia às crianças carentes. E ainda hoje, continua sendo o melhor espaço de estudo e capacitação de quem deseja crescer, especialmente na Palavra de Deus.
Quero aqui deixar minhas considerações a respeito do texto acima. O caminho tem sido inverso nos dias atuais. A Escola Dominical não tem sido de grande atratividade para as crianças nem mesmo para os adultos. No século XVIII tinha se preocupação com as crianças nas ruas e homens e mulheres mobilizarão se para criar meios para que esses pequeninos tivessem acesso a educação e orientação (ensino religioso).
Onde está a gênese do metodismo na formação de membros a partir da Escola Dominical? Nossos ensinos têm marcado a vida dessas crianças a ponto delas não se desviarem dela? Todavia temos a responsabilidade de manter o ensino e marcar a vida de crianças, juvenis, jovens e adultos.

pense nisso



[1] Essa devocional foi extraída do livro 365 dias com Deus vol. 2.
Autor: João Jacob Peres Neto é pastor da igreja Presbiteriana Independente do Jd. Bandeirantes, em Marília SP.

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